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Talvez não exista estereótipo mais forte a respeito da Espanha do que o da siesta. Se você nunca foi lá, com certeza pensa que todos tiram uma soneca depois do horário de almoço e que esse estilo de vida calmo e descontraído é amplamente cultivado no país, passado adiante entre gerações.

Mas a verdade é que a siesta já não é uma tradição amplamente difundida e cultivada na Espanha. Com a maior carga horária trabalhista da Europa, na frente do Reino Unido, os espanhóis trabalham cada vez mais e dormem muito pouco. Mesmo assim, o hábito de tirar um cochilo após o almoço não parece se tornar mais popular.
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Siesta: a origem da soneca pós-almoço
Apesar de ser comumente associada à Espanha, o hábito da siesta começou na Roma Antiga. Os romanos dividiam o dia em 12 horas de luz, e a siesta era o hábito de descansar à sexta hora, correspondente ao meio-dia. A tradição era importante para os trabalhadores, para que pudessem repousar, comer e se recuperar do calor intenso.
Logo, a siesta era uma resposta prática ao clima. Era praticamente impossível trabalhar debaixo do sol quente, então os trabalhadores descansavam e voltavam ao serviço no final da tarde, quando a temperatura ficava mais agradável. A tradição se popularizou no sul da Itália e logo na Espanha, que adotou o hábito e se tornou um estereótipo cultural do país.

O hábito da siesta está desaparecendo?
Durante muito tempo, a siesta era uma prática cultural aceita e difundida em muitos lugares da Espanha. Contudo, as coisas mudaram no pós Guerra Civil e com a globalização e expansão dos grandes centros urbanos. Isso porque agora as pessoas trabalhavam até dois empregos, o que já não dava mais tanto tempo para o descanso.
Com o tempo, a Espanha se tornou também o país da Europa com maior carga horária trabalhista. As pessoas começam o dia de trabalho às 09h e só vão almoçar às 14h. Tudo fica para depois, até mesmo o descanso diário: muitas pessoas só dormem depois da meia-noite.

A siesta na Espanha nos dias de hoje
Mesmo que a siesta já não seja cultivada nacionalmente, não significa que o cochilo após o almoço tenha desaparecido completamente. Em muitas cidades e vilas do interior da Espanha, a tradição ainda se faz presente, principalmente por ser meio rural. Existe até uma cidade com lei para proteger a siesta: Ador.
Localizada na província de Valência, a 100 km da capital, Ador é uma cidadezinha no interior da Espanha, com 14 km² e pouco mais de 1700 habitantes. Lá, o hábito de dormir após o almoço é tão forte e respeitado, que é até protegido por lei: é proibido fazer barulho entre as 14h e 17h, com o comércio local fechando, crianças voltando para casa e pessoas indo fazer o que há de melhor: dormir.

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