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A diáspora italiana é um dos maiores movimentos migratórios da história moderna. Entre o final do século XIX e metade do século XX, milhões de italianos deixaram a Europa em busca de trabalho, estabilidade e novas oportunidades. Hoje, estima-se que dezenas de milhões de pessoas tenham algum grau de ascendência italiana — e grande parte delas está concentrada em poucos países.
Neste artigo, você vai descobrir quais são os cinco países com mais ítalo-descendentes, entender o contexto histórico da imigração italiana em cada um e conhecer os impactos culturais que moldaram essas sociedades.

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5° lugar: Venezuela e uma imigração impulsionada pelo boom do petróleo
A Venezuela recebeu uma grande onda de italianos principalmente após a Segunda Guerra Mundial, especialmente entre as décadas de 1940 e 1960, período de forte crescimento econômico impulsionado pelo petróleo. Estimativas variam bastante, apontando entre 1 e 5 milhões de ítalo-descendentes.
Os italianos tiveram forte participação no comércio urbano, construção civil, na gastronomia local e no desenvolvimento de diversos bairros de Caracas. Apesar das mudanças recentes no país, a influência italiana permanece visível na vida cultural venezuelana.

4° lugar: França e uma imigração constante ao longo dos séculos
A França também está no ranking dos países com mais ítalo-descendentes, com estimativas entre 5 e 6 milhões de pessoas com origem italiana. Por ser vizinha da Itália, recebeu fluxos migratórios contínuos, mas os maiores ocorreram entre o final do século XIX e a Segunda Guerra Mundial.
Regiões como Côte d’Azur, Provença e Rhône-Alpes foram especialmente marcadas por italianos que trabalharam na agricultura e na construção, por comunidades transfronteiriças e contribuições culturais e linguísticas. Até hoje, cidades francesas mantêm bairros historicamente italianos e tradições preservadas.

3° lugar: Estados Unidos, as Little Italies e o surgimento da cultura ítalo-americana
Os Estados Unidos receberam cerca de 16 a 17 milhões de descendentes de italianos. A imigração italiana se consolidou principalmente entre 1880 e 1920, quando milhares chegaram a Nova York, Boston, Chicago e Nova Jersey.
Os italianos deixaram marcas permanentes nas famosas Little Italies, presentes nas cidades de Nova York e Boston, por exemplo. Além disso, também deixaram sua marca na gastronomia, na música, no cinema e na política, bem como no imaginário cultural sobre a vida imigrante (estou te vendo, O Poderoso Chefão).
Hoje, ítalo-americanos estão entre os grupos de ascendência europeia mais numerosos do país.

2° lugar: Argentina e uma forte presença na cultura e na identidade nacional
A Argentina também está entre os países com mais descendentes de italianos, com estimativas entre 25 e 30 milhões. Entre o final do século XIX e o início do século XX, Buenos Aires se tornou um dos maiores destinos da imigração italiana.
O impacto italiano é sentido até hoje:
no sotaque rioplatense, influenciado por dialetos da Ligúria e da Calábria;
na gastronomia (pizzas, massas, milanesas);
na arquitetura e no comércio das grandes cidades.
A influência é tão profunda que muitos estudiosos afirmam que a identidade cultural argentina é, em grande parte, ítalo-argentina.

1° lugar: Brasil e a maior comunidade ítalo-descendente do mundo
O Brasil lidera a lista de países com mais ítalo-descendentes: estima-se que cerca de 32 milhões de brasileiros tenham origem italiana. A imigração ganhou força entre 1870 e 1920, impulsionada pela demanda por mão de obra nas lavouras de café e, depois, pela expansão das indústrias urbanas.
A maior parte dos italianos se estabeleceu no Sudeste e no Sul, influenciando profundamente aspectos da cultura local, entre eles, a culinária. São Paulo, por exemplo, é considerada a capital nacional da pizza, com mais de 4 mil pizzarias em funcionamento apenas na cidade.
Outros aspectos culturais que foram fortemente marcados pela imigração italiana foram o vocabulário, com destaque para a palavra "tchau", além das festas tradicionais e a indústria e comércio locais.
Essa herança cultural faz da comunidade ítalo-brasileira uma das mais significativas do mundo.

Resgate suas raízes com a cidadania italiana
A cidadania italiana é mais do que um direito reconhecido: é a chance que muitos ítalo-descendentes encontram de se reconectar com seu povo e suas tradições familiares.
Com a cidadania italiana, você consegue expandir ainda mais o seu leque de oportunidades. Com ela, você tem acesso a um dos passaportes mais fortes do mundo, que te permite entrada em mais de 190 países sem necessidade de visto, incluindo Estados Unidos.
E não para por aí: com a cidadania italiana, você tem direito a se tornar um cidadão europeu também! Isso significa que você pode circular livremente por qualquer país do Espaço Schengen, bem como morar, estudar e trabalhar em qualquer nação integrante da União Europeia.
Quer saber como iniciar sua jornada? Agende uma consulta com um especialista da Pátria Cidadania e descubra quais são os próximos passos.



