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Os azulejos portugueses remetem a mais de 500 anos de história e tradição. Fortemente presentes no dia a dia luso, é impossível não presenciar fachadas de casas e até mesmo palácios históricos e estações de trem decorados com peças ornamentadas, de forma que contem uma história ou evoquem um sentimento terreno em nós.
Mas para chegar até à forma de arte que conhecemos hoje, os azulejos foram adaptados e readaptados diversas vezes, com diferentes técnicas que incluem andaluza, italiana e até mesmo mourisca. Senta que lá vem história.

História dos azulejos portugueses
Os azulejos portugueses não surgiram, de fato, em Portugal. Na verdade, eles só chegaram à Península Ibérica durante a ocupação moura. Como bem se sabe, os mouros eram povos muçulmanos vindos do norte do continente africano, que ocuparam a península onde hoje fica Portugal e Espanha.
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Os mouros influenciaram profundamente a cultura lusa e espanhola. Diversos elementos culturais presentes nesses dois países tiveram suas raízes na tradição moura: seja a arquitetura mudéjar, presente em diversos palácios muito bem preservados, ou até mesmo na tradição musical, como fado e flamenco.
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Foi a mesma coisa com os azulejos. Inclusive, a palavra deriva do árabe “al-zulaich”, que significa “pequena pedra polida”. Os mouros ornamentavam as paredes de seus majestosos palácios com azulejos, e essa tradição viria a ser cooptada pelos portugueses, tendo a tradição sido iniciada durante o reinado de D. Manuel I, após se deparar com os azulejos hispano-mouriscos durante viagem à Espanha, revestindo o interior do Palácio Nacional de Sintra com as peças.

A técnica italiana e portuguesa
Os azulejos portugueses passaram por diversas adequações e adaptações de técnicas diversas para poderem obter a forma e o esplendor que possuem hoje. Uma dessas técnicas é a faiança, de origem italiana, que consiste em uma cerâmica branca produzida com maior quantidade de caulim, um mineral argiloso branco, e em temperaturas mais baixas que a porcelana.
O que popularizou o azulejo em Portugal, contudo, não foi a nobreza, mas a necessidade de reconstrução. Após um grande terremoto que devastou Lisboa, capital portuguesa, em 1755, e a crise econômica, fizeram com que revestir paredes com pedras polidas deixasse de ser algo exclusivo da monarquia e do clero portugueses, removendo o aspecto artístico de sua fabricação e, ao invés disso, empregando um caráter mais útil e não mais puramente estético.

Os azulejos portugueses na contemporaneidade
Hoje em dia, os azulejos não possuem mais um aspecto artístico e exclusivo da nobreza (ou melhor, da elite) portuguesa, mas é possível observar suas marcas em diversos lugares. Claro, está presente em diversos lares lusos, seja na cozinha, no banheiro, ou até mesmo na fachada de casas.
Contudo, também é possível avistar os azulejos portugueses em diversos monumentos e pontos turísticos. Tanto que em Lisboa há a chamada Rota dos Azulejos, que conta com diversos pontos importantes para a história da azulejaria e manutenção da tradição lusa na produção artesanal dessas peças. A Fábrica de Sant’Anna, por exemplo, fundada em 1741, ainda preserva técnicas de outrora.
As estações de trem de Lisboa também são revestidas com azulejos de tirar o fôlego, pintados com imagens que contam histórias. A arte lusa é realmente única!

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