O domínio dos mouros na Península Ibérica durou muito tempo. Levou uma década para que as tropas de Musa ibn Nusayr conquistassem quase todo o território ibérico, mas sua dominação territorial durou oito séculos, influenciando enormemente a cultura europeia e moldando grande parte do que hoje conhecemos como Portugal e Espanha.

Mas como se deu essa invasão? Por que os mouros tinham tanto interesse na Península Ibérica? E como ela chegou ao fim? Senta, que lá vem história.

O começo da dominação moura

Antes da Península Ibérica ser ocupada pelos mouros, haviam ali os visigodos. Povos provenientes de origem germânica, os visigodos eram cristãos, mas viviam em conflitos internos pelo trono. Os visigodos prestavam serviços militares aos romanos em troca de terras, mas os abusos cometidos por seus patrões os fizeram se rebelar contra o império.

Inclusive, foram os visigodos os responsáveis pelo saque de Roma de 410 d.C., quando invadiram e roubaram e depredaram a cidade. Na ocasião, a Cidade Eterna não era mais a capital do Império Romano Ocidental, mas a invasão dos visigodos sob liderança de seu rei, Alarico.

Uma tribo de visigodos pediu ajuda ao então rei mouro, Musa ibn Nusayr, que não só os atendeu, mas também invadiu a Península Ibérica. Após uma década de conflito, em 711, os mouros haviam finalmente dominado a maior parte do território que hoje corresponde à Portugal e Espanha, menos a área mais montanhosa, como a das Astúrias.

Quem foram os mouros?

Mas quem foram os mouros? A palavra vem do latim “maures”, que significa “negro”. Os mouros vinham do norte da África, da região que hoje em dia corresponde ao Marrocos, e constituíam uma civilização bastante avançada. Os séculos em que a Península Ibérica esteve sob seu domínio correspondeu à grande desenvolvimento da península.

Os mouros eram muçulmanos e faziam sua missão levar a palavra do profeta Maomé aos territórios por eles dominados. Foi à oposição ao islamismo que impediu que eles dominassem toda a Europa, com outros povos resistindo a ofensivas e tentativas de invasão.

O fim do domínio e a influência cultural

O Império Mouro, como qualquer um, também caiu. Após oito décadas de dominação, eles foram derrotados pelos cristãos do lado norte da península, que foram gradualmente recuperando o território. Esse evento histórico ficou conhecido como “Reconquista”. Eventualmente, só restou o Emirado de Granada como último reduto muçulmano na região, que também foi tomado.

O domínio mouro na Península Ibérica durou cerca de oito séculos e moldou enormemente a cultura europeia, sobretudo em Portugal e Espanha. Seja na arte, arquitetura ou gastronomia, a influência dos povos mouros na tradição lusitana e espanhola é notável até os dias atuais.

Um grande exemplo é a arquitetura mudéjar, que mescla elementos da arte cristã com técnicas islâmicas, presente em diversos monumentos, como o Palácio de Aljafería e Sé de Teruel, ambos na Espanha. A gastronomia moura também deu origem a algumas receitas saborosas hoje apreciadas em Portugal e na Espanha, como o saboroso fardelejo.

E na cultura, a tradição moura inspirou o fado português e o flamenco espanhol. O violão moderno tem suas raízes no alaúde árabe e é um instrumento bastante utilizado tanto no famoso gênero musical português, quanto na popular dança espanhola. Além disso, o flamenco tem suas origens tanto na tradição árabe quanto cigana e judaica.

Cidadania portuguesa é na Pátria Cidadania

Já pensou em desfrutar do melhor de Portugal? Boa comida, paisagens incríveis, um vinho saboroso. Agora, já pensou em poder viver isso todos os dias?

E não para por aí: poder morar, trabalhar e estudar legalmente não só em terras lusitanas, como em qualquer um dos 27 estados-membros da União Europeia. Isso é possível com a cidadania portuguesa.

A cidadania portuguesa é um direito originário dos descendentes de portugueses, como filhos e netos. Uma geração passa o direito adiante, para a seguinte.

Quer garantir mais conforto e segurança para você e sua família? Entre em contato conosco e saiba como iniciar seu processo.