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Quando pensamos na Espanha, é comum imaginar que ali só se fala espanhol. Mas a realidade é bem mais diversa: o país possui várias línguas oficiais e regionais, cada uma com história própria e forte identidade cultural. Isso desperta a curiosidade de viajantes e estudantes, afinal, por que um país relativamente pequeno fala tantos idiomas diferentes?
Hoje, vamos entender essa riqueza linguística e como ela influenciou a formação da Espanha moderna.

Uma herança de povos diferentes
A Espanha, ao longo dos séculos, foi terra de diversos povos: romanos, visigodos, árabes e diferentes reinos cristãos. Cada um deixou a sua marca.
Durante a Idade Média, a Península Ibérica estava dividida em vários reinos independentes, cada qual com sua língua e cultura. Esses reinos só foram se unificando aos poucos, formando o que hoje conhecemos como Espanha.
Ou seja: a diversidade linguística já existia muito antes do país se tornar um Estado unificado.

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O espanhol não foi sempre “a língua principal”
O espanhol, ou castelhano, nasceu na região de Castela, mas nem sempre dominou todo o território. Ele se tornou predominante principalmente a partir do período dos Reis Católicos e, depois, durante a expansão do Império Espanhol.
A partir do século XV e XVI, o castelhano se consolidou como língua política e administrativa, mas as outras línguas continuaram sendo faladas localmente.

Quais são as línguas da Espanha?
Além do espanhol (castelhano), a Espanha reconhece outras línguas oficiais e cooficiais. São elas:
Catalão
Falado principalmente na Catalunha, além das Ilhas Baleares e Comunidade Valenciana (onde é chamado de valenciano).
Galego
Falado na Galícia, com origem comum ao português — não por acaso, são muito parecidos.
Basco (Euskera)
Falado no País Basco e Navarra. É uma das línguas mais curiosas da Europa, porque não tem relação com nenhuma outra língua conhecida.
Aranês
Falado no Vale de Arán (Catalunha). Tem origem occitana e é língua cooficial na Catalunha.
Por que essas línguas continuam vivas?
Principalmente por causa de três fatores. A primeira é a forte identidade regional de alguns povos espanhóis, como catalães, galegos e bascos, que têm tradições e cultura próprias há séculos. A segunda é o reconhecimento legal, já que a Constituição Espanhola de 1978 reconheceu várias línguas como cooficiais. A terceira e última é a política linguística ativa, já que nas regiões autônomas o ensino é feito com duas línguas.
O idioma também é política
Em algumas regiões, especialmente na Catalunha e no País Basco, a língua também é símbolo de resistência cultural e reivindicação política. O idioma tornou-se parte essencial da reafirmação regional e de movimentos por autonomia ou independência.

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