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Todo mundo conhece o mito da fênix, criatura que renasce das cinzas em um eterno ciclo de vida e morte. Por essa razão esse nome é tão apropriado para uma das maiores casas de concertos de Veneza, o Teatro La Fenice, não apenas um orgulho veneziano, mas também nacional.
O lugar, que já abrigou diversas óperas, incluindo as da icônica soprano greco-americana Maria Callas, passou por três grandes incêndios que o destruíram, mas como uma fênix, o teatro renasceu (literalmente) das cinzas, se consolidando como um grande símbolo da cidade de Veneza, e uma de suas atrações mais bem renomadas.
Construção do La Fenice e primeiro incêndio
O Teatro La Fenice já evocava ao renascimento antes mesmo de sua grande inauguração. Em 1774, o Teatro San Benedetto, pertencente à família Grimani, havia sido destruído em um incêndio. Houve uma disputa entre a companhia dona do antigo teatro e a família, dona do terreno sob o qual a casa de shows havia sido construída.
A família Grimaldi acabou vencendo o caso e decidiu que seria construído um teatro ainda maior para substituir o San Benedetto, uma das sete casas de ópera de Veneza. Nove projetos foram apresentados aos Grimaldi e um deles acabou sendo o ganhador: o do arquiteto Giananntonio Selva.
Em 1792, o Teatro La Fenice abria suas portas pela primeira vez, com a estreia do musical “I giuochi d’Agrigento”, de Giovanni Paisiello.
O período napoleônico e o incêndio de 1837
Durante a Era Napoleônica (1804-1815) e a expansão de seu império, Napoleão Bonaparte pôs fim à República de Veneza, que já estava em estado de declínio bem antes das tropas napoleônicas colocarem seus pés em terras venezianas. Com isso, a fênix italiana se tornou o o teatro estatal do governo napoleônico.
Um bom tempo depois, após o fim da era napoleônica, o segundo incêndio (primeiro do La Fenice) que viria a condenar o teatro foi em 1836, destruindo uma parte do fabuloso monumento. A renovação ficou a cargo dos irmãos Tommaso e Giovanni Battista Meduna. Dentro de um ano, em 1837, o La Fenice havia ressurgido das cinzas, como uma fênix.
O segundo incêndio e o derradeiro ressurgimento do La Fenice
O último incêndio que acomete o La Fenice foi em 1996, e de cunho criminoso. Dois eletricistas responsáveis por exercer alguns reparos no teatro, Enrico Carella e Massimiliano Marchetti, preocupados com a possibilidade de pagarem uma multa pelo atraso do serviço, decidiram causar um pequeno incêndio a fim de se pouparem da dívida e colocarem a reponsabilidade pela demora em fatores alheios a eles.
Contudo, o que era para ser algo supostamente pequeno escalou de tamanho e as labaredas devoraram uma grande parte do teatro. O La Fenice foi destruído, o que causou enorme comoção. Os criminosos foram presos e condenados a 7 anos de prisão cada. A promotoria queria, ainda, a prisão de outras pessoas, como o então prefeito de Veneza, mas essas foram absolvidas.

O lar de diversos artistas
O La Fenice foi a casa de diferentes artistas ao longo de sua história. Gaetano Donizetti e Vincenzo Bellini estrearam duas obras em seu palco. Saverio Mercadante, que era influenciado pelo grande Rossini, lançou seis atos na Fênix italiana. Outros tantos compositores renomados, como o próprio Rossini e Verdi também fazem parte da tradição deste lugar tão icônico.
Maria Callas, a talentosa soprano greco-romana cuja vida e trabalho inspiraram um filme dirigido por Pablo Larraín, também fez do La Fenice o seu lar. Tanto que há uma exposição permanente dedicada à cantante no terceiro camarote da casa de ópera.
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