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Conhecida como a cidade do design e da moda, Milão é mais do que apenas as grifes caríssimas que a habitam: séculos de história da arte e da arquitetura concentradas em um só lugar, desde o Duomo, que levou bastante tempo para ser concluído, até Leonardo da Vinci, que contribuiu significativamente para a cultura local.
Sabendo das maravilhas que a cidade apresenta, nós da Pátria Cidadania listamos a seguir alguns dos melhores lugares para se visitar na cidade, com um breve panorama a respeito de cada um deles. Pega na nossa mão, que a gente vai desbravar juntos tudo que Milão tem a oferecer! Vamos lá?
Catedral de Milão
Ou Duomo, como é chamado em italiano, fica no coração de Milão, na Piazza del Duomo. Levando quase cinco séculos para ficar pronto, com sua construção sendo iniciada em 1386 e finalizada apenas em 1965, não há dúvidas de que a Catedral de Milão é um monumento imponente e secular, sendo uma das marcas da cidade milanesa.
A construção foi ordenada por Gian Galeazzo Visconti (1351-1402), o duque de Milão àquela época. Num período em que as famílias aristocratas disputavam o poder e a soberania, a idealização do Duomo partiu de dois pontos principais: religioso e político.
Religioso porque no local onde hoje fica a Catedral de Milão estavam estabelecidas as igrejas de Santa Maria Maggiore e Santa Tecla, com seus destroços em exibição na área arqueológica do Duomo. Político porque sua construção demonstrava a imponência de Visconti perante seus rivais, e celebrava a expansão de seu domínio.
Para a construção do Duomo, Visconti preferiu por usar a mármore de Candoglia, extraída diretamente do Lago Maggiore, o que foi considerado algo revolucionário para o estilo gótico daquela época. Com mais de 2.300 estátuas adornando a Catedral do lado de fora, não é de se surpreender porque sua realização demorou séculos: a perfeição leva tempo.

Galeria Vittorio Emanuele II
Inaugurada em 1877, a Galeria Vittorio Emanuele II é um dos pontos turísticos mais visitados em Milão e não é por menos. Um centro comercial com várias lojas, a galeria reúne aquilo de mais luxuoso que a cidade tem a oferecer, desde lojas de grifes famosas até restaurantes mais tradicionais.
Projetada pelo arquiteto italiano Giuseppe Mengoni, a Galeria Vittorio Emanuele II foi a primeira da Europa a usar vidro em uma estrutura desse porte. Em formato de cruz, sua cobertura é inteiramente envidraçada, com uma abóbada bem ao centro.
Já o piso é composto de mosaicos com os símbolos do zodíaco e ao meio, o brasão da casa dos Savoia, já que a construção é de responsabilidade do primeiro rei da Itália (quando o País da Bota era um reino), que era membro. Por conta disso, também leva seu nome.
Há uma antiga lenda que diz que se você girar em torno do brasão ao centro da galeria três vezes, terá boa sorte.
Castelo Sforzesco
Idealizado por Francesco Sforza, duque de Milão e fundador da dinastia Sforza, o castelo era originalmente uma fortaleza. Após ser transformado por Sforza, o lugar se tornou moradia oficial de sua família e muitas outras que viriam a seguir.
Mas não se engane, nem sempre o Castelo Sforzesco foi apenas um palácio para moradia imperial. Até de base militar essa imponente construção já serviu, e foi palco de alguns eventos históricos, como a Segunda Guerra Mundial, quando foi bombardeado.
Apesar de sua longa história, o Castelo Sforzesco é hoje uma das atrações mais marcantes que Milão tem a oferecer. Conhecer por fora é totalmente gratuito, inclusive o monumento fica pertinho da Piazza Castello, com a fonte da praça sendo bem em frente à torre do relógio do palácio.
Para conhecer por dentro, contudo, precisa desembolsar uma graninha. Em suas dependências internas, o Castelo Sforzesco abriga diversos museus com um acervo variado.

Quadrilátero da Moda
Milão é conhecida como a capital do design e da moda e não é por menos. Com sua forte influência, diversos eventos importantes para a indústria fashion são sedeados lá todos os anos, sendo um deles a Semana de Moda de Milão, o mais importante e icônico deles.
Mas para além dos desfiles com marcas de alta costura, Milão conta ainda com o Quadrilátero da Moda, uma espécie de distrito delimitado pelas ruas Montenapoleone, Alessandro Manzoni, Via della Spiga e Corso Venezia, com lojas de grifes caríssimas e bastante renomadas no mundo da moda.
A Montenapoleone é, inclusive, uma das ruas mais importantes do quadrilátero, sendo uma das mais caras para comprar de roupas de luxo, junto da Champs-Élysées, na França, e da Fifth Avenue, em Nova York.
Teatro alla Scalla
Parece que há uma estranha ligação na Itália entre fogo e música. O Teatro La Fenice, em Veneza, um dos mais importantes do país, sofreu com alguns incêndios ao longo de sua história, que o devastaram completamente. Como uma fênix, o teatro ressurgiu das cinzas toda vez que fora consumido pelas chamas.
De maneira similar, o Teatro alla Scalla também surgiu após um incêndio que destruiu completamente o Teatro Decale, em 1776. O arquiduque Fernando da Áustria ordenou a construção de um novo e assim surgiu a casa de ópera, que leva esse nome por ter sido construída onde ficava a antiga Igreja de Santa Maria alla Scalla.
Mesmo assim, o teatro foi gravemente destruído durante bombardeios que aconteceram na Segunda Guerra Mundial, sendo reconstruído três anos depois. Em 2002, ele fechou novamente para ser renovado, sendo reaberto em 2004 com uma representação da ópera que o inaugurou originalmente: L’Europa Riconosciuta, de Antonio Salieri.
A Última Ceia
Para encerrar este artigo com chave de ouro, não teria como ignorar um dos pontos mais importantes e visitados da cidade, que conta com uma das obras mais famosas de todos os tempos: A Última Ceia, de autoria do ilustre pintor italiano Leonardo da Vinci, responsável por tantas outras pinturas icônicas, como a de São João Batista e A Monalisa, a mais famosa delas.
Restaurada pela italiana Pinin Brambilla, que levou duas décadas para devolver à obra seu esplendor original, A Última Ceia foi se deteriorando ao longo dos séculos. Primeiro, porque Da Vinci recusou a técnica tradicional de afresco, segundo porque a localização (uma cantina) dificultava sua realização, por conta do vapor que vinha da cozinha.
Como se não bastasse tudo isso, o exército de Napoleão Bonaparte, conquistador francês, usou as instalações da igreja onde fica a obra como estábulo para cavalos, somando esterco dos equinos à obra de Leonardo. Por fim, durante a Segunda Guerra Mundial, uma bomba teria provocado ainda mais mudanças indesejadas na pintura.
O trabalho de restauração de Brambilla dividiu os críticos de arte. Alguns acreditam que ela tenha tirado pintura demais da obra, além de ter feito algumas alterações. Outros já possuem uma opinião diferente, dizendo que a restauradora retomou a obra ao seu estado original.
A Última Ceia encontra-se na parede do refeitório de um antigo convento ao lado da Igreja Santa Maria dele Grazie. E sim: é um lugar bastante procurado por turistas em visita à Itália, então se quiser conhecê-la, prepare-se antecipadamente.

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