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A ficção pode alterar nossas perspectivas sobre as coisas. Quem não possui trauma de elevador, caminhões carregando madeira ou montanhas russas por causa da franquia Premonição? Ou medo de que um certo bicho papão com garras afiadas te pegue enquanto dorme?
Mas a ficção aumenta as coisas em grau e tamanho para contar uma história. O bicho papão é mera lenda, assim como a morte nem sempre espera para nos levar nos momentos mais grotescos. A ficção aumenta as coisas pela necessidade de dramatização, mas isso não significa que devamos temê-las.
O pesadelo de Dani
Em 2019, chegava aos cinemas um dos filmes de terror mais divisivos da contemporaneidade. Midsommar, do cineasta norte-americano Ari Aster, seria seu segundo longa após o enorme sucesso de público e crítica que foi Hereditário, com uma trama de tirar o fôlego
Mas por que o filme foi tão divisivo? Isso porque, até hoje, ele ainda reacende o debate sobre qualidade e proposta. Há quem acredite ser um longa convoluto e confuso, com a intenção de Aster sendo incerta. Outros dizem que é o melhor trabalho do realizador americano, reinventando o terror contemporâneo.
A história gira ao redor de Dani (Florence Pugh), uma mulher em um relacionamento tóxico que acabara de perder sua família inteira. Acontece que, em uma tentativa de suicídio com gás, sua irmã acaba matando os pais também, deixando nossa protagonista completamente órfã e por conta própria.
O solstício de verão
Como uma forma de fugir dos problemas, ou ao menos tentar, Dani vai com o namorado e seus amigos em uma viagem para a Suécia, para comemorar o Midsommar (em tradução literal, meio do verão). Guiados por Pelle (Vilhelm Blomgren), o grupo experimenta uma planta afrodisíaca (algo como um LSD) e vai parar num vilarejo.
Lá, eles conhecem outro casal que também foi convidado por um amigo a comemorar as festividades de verão lá. Porém, após o sacrifício dos membros mais velhos da vila como parte das celebrações, Dani fica aflita e começa a suspeitar das intenções dos aldeões quando mais coisas estranhas começam a acontecer.
Mas afinal de contas, o que é o Midsommar?
Pode se tranquilizar, o Midsommar não é uma celebração macabra com derramamento de sangue ou sacrifícios humanos. Na verdade, tampouco é uma festividade própria de um vilarejo ou região da Suécia, sendo comemorado em todo o país no mês de junho.
O midsommar, assim como todas as datas festivas na Suécia, não é comemorado no dia, mas na véspera. É como a festa junina dos suecos. Diz a lenda que é celebrado no período em que o sol e a lua estão em maior período fértil, logo, a magia da natureza é mais forte.
O que acontece no Midsommar?
Os suecos aproveitam o dia para curtir. Comilança, bebedeira e diversão é o que define a data, com comidas típicas da Suécia, cantigas estranhas (como a canção do sapo) e o majestoso majstång ou midsommarstång, um mastro feito com folhas, ramos e flores onde os foliões dançam ao redor dele.
A coroa de flores também não pode faltar. No filme, Dani usa uma majestosa coroa com várias flores que parecem respirar. Apenas a Rainha do Solstício a usa, mas nas celebrações comuns suecas é normal que garotas as usem para ter boa sorte.
A comida, como dito anteriormente, é uma parte central das festividades, afinal de contas, não vamos a uma festa se não tem o que comer, não é mesmo? Os peixes, como salmão e arenque, são muito populares, mas outras coisas não podem faltar, como morangos fresquinhos recém colhidos.
Já pensou em curtir o Midsommar sem necessidade de visto?
Com a cidadania italiana isso é possível. Mais de 40 milhões de brasileiros tem direito a um dos passaportes mais fortes do mundo, que permite entrada em mais de 190 países sem necessidade de visto. Quer saber como? Faça uma breve pesquisa genealógica com um de nossos especialistas agora mesmo.